PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco) A PEP é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, existindo também profilaxia específica para o vírus da hepatite B e para outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como: Violência sexual; Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento); Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). A PEP é uma tecnologia inserida no conjunto de estratégias da Prevenção Combinada, cujo principal objetivo é ampliar as formas de intervenção para atender às necessidades de cada pessoa ou ainda das possibilidades de inserir o método preventivo na sua vida. Essas medidas visam evitar novas infecções seja pelo HIV ou pela hepatite B e outras IST. Como funciona a PEP para o HIV? Como profilaxia para o risco de infecção pelo HIV, a PEP tem por base o uso de medicamentos antirretrovirais com o objetivo de reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus. Trata-se de uma urgência médica e deve ser iniciada o mais rápido possível - preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo em até 72 horas. A profilaxia deve ser realizada por 28 dias e a pessoa tem que ser acompanhada pela equipe de saúde, inclusive após esse período realizando os exames necessários.Medicamentos para uso: fumato de Contraindicações As mesmas contraindicações aos antirretrovirais (ARV) devem ser observadas ao se iniciar PEP: Insuficiência renal crônica* [2,7]. Uso de medicações anticonvulsivantes com interação medicamentosa, dofetilida e pilsicainida [2,7,8]. *TDF está associado com a possibilidade de toxicidade renal, especialmente em pessoas com doenças renais preexistentes (ou com fatores de risco), quando a taxa de filtração glomerular for menor que 50 mL/min, ou em pessoas com história de longa duração de diabetes, hipertensão arterial descontrolada ou insuficiência renal. Nesses casos, a indicação deve ser avaliada, já que a duração da exposição ao medicamento será curta (28 dias) e provavelmente reversível com a suspensão do medicamento [2]. Nos casos com contraindicações ao esquema preferencial, devem ser usados esquemas alternativos Situações especiais Algumas situações indicam a necessidade de avaliação com brevidade em serviço especializado, após o início de PEP [2,9]: Pessoa-fonte que já utilize terapia antirretroviral (Tarv) em esquemas alternativos ou tenha carga viral detectável. Nesses casos, é importante que a pessoa exposta inicie a PEP e seja reavaliada o mais brevemente possível em serviço especializado para adequação do esquema de PEP. Pessoa exposta portadora de hepatite B concomitante. Pessoa exposta com necessidade de utilizar esquemas alternativos Crianças expostas com ou sem indicação de PEP. Para casos de violência sexual, avaliar localmente o fluxo para atendimento inicial e seguimento [2]. O esquema preferencial de PEP para gestantes, independente da idade gestacional, é o mesmo da população geral. Este esquema é seguro e eficaz para uso na gestação e no período periconcepcional [2]. Para as lactantes com exposição de risco, deve-se orientar sobre o potencial risco de transmissão do HIV pelo leite materno e, nesses casos, é recomendada a interrupção temporária da amamentação. Durante o período de janela imunológica, deve-se realizar orientação quanto ao cuidado das mamas e extração e descarte do leite ordenhado, além de garantir o fornecimento de leite para a criança pelo banco de leite ou por fórmula láctea. Se a testagem para HIV na 12ª semana após início da PEP for não reagente, estará autorizada a reintrodução do aleitamento materno [2].